Inovação deve acelerar a produção da atividade mineradora nos próximos anos

Inovação deve acelerar a produção da atividade mineradora nos próximos anos

Não por acaso, somente em termos de patentes no setor mineral, o período de 2010 a 2015 produziu mais inovação do que os 30 anos anteriores

Um dos principais aspectos do futuro da atividade mineradora – a inovação – recebeu amplo destaque nos painéis da primeira manhã da EXPOSIBRAM 2023, realizada em Belém. É por meio da inovação que as empresas mineradoras se prepararão para enfrentar grandes desafios impostos para evoluir ao conceito da chamada “Indústria 4.0”. Entre esses desafios, estão a melhora da eficiência nos custos de produção, geração de novas fontes de energia para essa produção, melhora da eficiência no processamento e entrega dos seus produtos ao mercado, bem como a redução dos impactos negativos nas comunidades onde as mineradoras operam.

Para alcançar esses objetivos, as empresas também têm novas metas de investimentos em inovação, apresentadas por Vinícius Roman, sócio-diretor da Neo Ventures, no painel “Inovação aberta na mineração”, que destaca o grande desafio das mineradoras, que devem avançar da média dos atuais 0,26% de capital de investimentos operados no Brasil para um volume de 4% somente em recursos para inovação até 2030. Nesse campo, é importante ressaltar que a palavra inovação inclui não apenas as tecnologias, mas hoje envolve, também, o uso em massa das ferramentas de inteligência artificial na atividade da mineração”, destaca Roman.

No campo da inovação, as empresas consolidadas respondem por 60% das iniciativas e projetos inovadores, enquanto as startups já representam a segunda maior fatia, com 25% de participação, e são as grandes parceiras da atividade mineradora. O projeto Mining Hub deve grande parte do seu crescimento às startups, segundo explica Leandro Rossi, diretor executivo.

Ele destaca a pressão que as empresas mineradoras enfrentam não só em relação à segurança ambiental, mas também internamente, em relação à segurança nas operações. “Com o projeto do Mining Hub foi possível estreitar o diálogo, diagnosticar os desafios coletivos para que soluções coletivas também sejam pensadas, levando em consideração a saúde e o bem-estar de todas as pessoas envolvidas e, também, a saúde dos negócios e das empresas”, avalia.

Inteligência artificial em campo

Na mineradora Samarco, por exemplo, uma parceria com a startup Getter permitiu a testagem com sucesso do uso da inteligência artificial na melhora da segurança nos processos na área de operação de guindastes, com tecnologia da startup Getter, criada e dirigida por Rufo Paganini. Ele explica como criou todo um sistema no qual a IA trabalha usando as câmeras comuns, já disponíveis no mercado. “Significa usar a inteligência artificial, por exemplo, para monitorar imagens em câmeras já existentes e garantir mais segurança nas operações, avisando responsáveis em tempo real sobre os comportamentos de risco e terceirizando para a tecnologia o controle contínuo desses processos”, diz Paganini.

Graças ao sucesso dos testes, a empresa já estuda implementar esta ação não somente na área das operações de guindastes, segundo explica Alessandra Prata, líder de inovação do Mining Hub da Samarco. “O sistema foi testado e será implantado em breve, mas os resultados deram tão certo no monitoramento dos fluxos em área de riscos, como na convivência de empilhadeiras com pessoas, que resolvemos desenvolver os testes também para outras áreas de operações, como as dos nossos restaurantes funcionais”, destaca a líder.

O uso da IA com as mesmas câmeras comuns para garantir a segurança em áreas de risco amplas, como no pátio de empilhadeiras, também foi adaptado para garantir a segurança individual, como no caso do uso de alguns equipamentos de proteção individuais (EPI’s), entre os quais, os óculos de segurança, situação em que a startup Getter fez um trabalho minucioso de ajustes nas câmeras. “Nesse caso é um cuidado bem específico com a segurança da pessoa, e a imagem teve que se tornar muito precisa, para identificar quando os óculos estavam exatamente nos olhos, e não na cabeça ou pendurado na roupa do colaborador”, finaliza Paganini.

Sobre a EXPOSIBRAM – Composta de multiatividades em um único período e local, a Exposibram é realizada anualmente e conta com a participação das principais entidades relacionadas ao setor mineral. A feira internacional é a maior vitrine para geração de negócios. Já o congresso debate cenários e revela as tendências do segmento.

Patrocínios: 

Figuram como patrocinadores da EXPOSIBRAM 2023 até o momento: Armac (Diamante), Vale (Diamante), Casa dos Ventos (Platina), Hydro (Platina), Anglo American (Ouro), BHP (Ouro), Hexagon (Ouro), Kinross (Ouro), Nexa (Ouro), Alcoa (Prata), Bemisa (Prata) Geosol (Prata), Mineração Usiminas (Prata), Appian Capital Brazil (Bronze), Brazauro Recursos Minerais (Bronze), CBMM-Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (Bronze), Centaurus Metals (Bronze), Geocontrole (Bronze), Gerdau (Bronze), Largo (Bronze), Mosaic Fertilizantes (Bronze), WSP (Bronze) e Yara Brasil (Bronze).

Apoios:

Apoiam institucionalmente o evento a Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas em Geral, Usinagem e Artefatos de Ferro e Metais (ABFA), Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira de Engenheiros de Mineração (ABREMII),  Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas),  Associação das Mineradoras de Ferro do Brasil (AMF), Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (ANEPAC), Associação Paulista de Engenheiros de Minas (APEMI), Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBMG), Comissão de Direito Minerário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB MG), Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA) e Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo (SINDIPEDRAS).

A EXPOSIBRAM 2023 conta, ainda, com o apoio editorial das Revistas Amazônia, Areia e Brita, Brasil Mineral, Cidades Mineradoras,  Eae Máquinas, Minérios & Minerales, Mineração e Sustentabilidade,  In The Mine, PIM Amazônia e dos sites Climatempo, Conexão Mineral, Notícias de Mineração do Brasil e Notícia Sustentável.