Materialização do ESG contribui para o desenvolvimento sustentável da mineração

Fator social é apontado como principal aspecto na aplicação do método que reúne práticas sociais, ambientais e de governança. 

Os avanços e desafios da aplicação das boas práticas ESG na mineração foram destaques durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM 2023) em Belém (Pará). Entre os painéis desta terça-feira (29), participaram o diretor da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gonzalo Enriquez, e a sócio-fundadora da Diagonal, Katia Mello, abordando o tema “ESG na Mineração”. O evento é organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). 

O método ESG surgiu em 2004 no relatório “Who Cares Wins”, e alinha melhores práticas ambientais, sociais e de governança de um negócio. No painel, o fator social foi apontado como principal agente na aplicação para novos modelos de desenvolvimento sustentável e impactos positivos na mineração.

Katia Mello, da Diagonal, empresa que atua há três décadas com consultoria, destacou que a universalização do ESG possibilita visão mais abrangente e inovações no setor.  “O planeta não é necessariamente mais importante do que as pessoas. É preciso materializar ações concretas do ESG, padronizar e quantificar esse impacto social”, reforçou.

Durante as abordagens, Katia apontou que a definição do S (social) é expressa de várias formas e ainda sem precisão, causando uma situação para as organizações com resultados mal medidos. “O avanço do S no ESG precisa da abordagem ambiental, materialidade e objetivos de desenvolvimento sustentável”, disse.

Para Gonzalo, na Amazônia há dois desafios que precisam ser superados: o modelo tradicional de produção, baseado na baixa agregação de valor, e criação de um novo modelo produtivo, incluindo comunidades tradicionais e populações originárias.

“A universidade tem grande contribuição nesse processo porque é um ambiente diversificado, no sentido de incorporar minorias, de incorporar todo tipo de gênero; estamos envolvidos no meio ambiente e no social. O ESG tem uma longa história, mas ainda é preciso avançar mais nas práticas sustentáveis“, disse o diretor da Agência de Inovação Tecnológica da UFPA. .

Ainda segundo Gonzalo, abordar os indicadores EGS na EXPOSIBRAM é uma grande oportunidade de elevar as discussões e aplicar de forma prática na Amazônia. “Temos representantes de vários países aqui, então, essas aplicações ajudam a construir um futuro mais sustentável”.

Sobre a EXPOSIBRAM – Composta de multiatividades em um único período e local, a Exposibram é realizada anualmente e conta com a participação das principais entidades relacionadas ao setor mineral. A feira internacional é a maior vitrine para geração de negócios. Já o congresso debate cenários e revela as tendências do segmento.

Patrocínios:

Figuram como patrocinadores da EXPOSIBRAM 2023 até o momento: Armac (Diamante), Vale (Diamante), Casa dos Ventos (Platina), Hydro (Platina), Anglo American (Ouro), BHP (Ouro), Hexagon (Ouro), Kinross (Ouro), Nexa (Ouro), Alcoa (Prata), Bemisa (Prata) Geosol (Prata), Mineração Usiminas (Prata), Appian Capital Brazil (Bronze), Brazauro Recursos Minerais (Bronze), CBMM-Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (Bronze), Centaurus Metals (Bronze), Geocontrole (Bronze), Gerdau (Bronze), Largo (Bronze), Mosaic Fertilizantes (Bronze), WSP (Bronze) e Yara Brasil (Bronze).

Apoios:

Apoiam institucionalmente o evento a Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas em Geral, Usinagem e Artefatos de Ferro e Metais (ABFA), Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira de Engenheiros de Mineração (ABREMII),  Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas),  Associação das Mineradoras de Ferro do Brasil (AMF), Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (ANEPAC), Associação Paulista de Engenheiros de Minas (APEMI), Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBMG), Comissão de Direito Minerário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB MG), Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA) e Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo (SINDIPEDRAS).

A EXPOSIBRAM 2023 conta, ainda, com o apoio editorial das Revistas Amazônia, Areia e Brita, Brasil Mineral, Cidades Mineradoras,  Eae Máquinas, Minérios & Minerales, Mineração e Sustentabilidade,  In The Mine, PIM Amazônia e dos sites Climatempo, Conexão Mineral, Notícias de Mineração do Brasil e Notícia Sustentável.