Transição energética: países latino-americanos apontam investimentos e políticas de inovação

Painel debateu desafios e potencialidades da mineração a curto e longo prazo.

Os novos rumos da mineração e a transição energética na América-Latina foi tema debatido em painel na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM 2023) nesta terça-feira (29), em Belém (Pará). O evento defendeu a união entre os países, o incentivo à pesquisa e à indústria, além de políticas de inovação.

Moderado por Natascha Nunes Cunha, especialista líder em mineração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o painel contou com a participação de representantes de instituições minerárias da América- Latina: René Muga, vice-presidente de Assuntos Institucionais da BHP Minerals Americas; Rinaldo Mancin, diretor de Relações Institucionais do IBRAM; Juan Camilo Nariño, presidente da Associação Colombiana de Mineração; e Flávio Mota, diretor de Departamento de Base e Extrativa do BNDES. A diretora da Câmara Argentina de Empresários da Mineração, Alejandra Cardona, participou por vídeo.

Os participantes apontaram que as articulações estratégicas entre os países são fundamentais na agenda de transição energética. Para o diretor  do IBRAM, Rinaldo Mancin, as potencialidades minerárias começam no levantamento geológico primário de cada país. No entanto, no Brasil ainda há grande deficiências, principalmente na região amazônica. “Os governos precisam incentivar, financiar o setor é essencial. De cada mil pesquisas, apenas uma tem a chance de ir para frente. ”

Ainda segundo Rinaldo, as políticas públicas aliadas às políticas privadas vão determinar o futuro da América Latina. “Cabe a nós, como gestores do setor mineral, trabalharmos juntos para que as políticas elevem o desenvolvimento do setor.”

Durante a participação, René Muga disse que houve evolução baseada nas realidades de cada país, mas é preciso trabalhar conceitos negativos da mineração que ainda existem na sociedade. “Isso prejudica o desenvolvimento para permissões e projetos. São projetos que vão melhorar as realidades, e essa responsabilidade cai sobre nós”.

Diretora da Câmara Argentina de Empresários da Mineração, Alejandra Cardona defendeu que é preciso ocupar espaços ao longo da cadeia de valor. “Como faremos isso? Fortalecendo a nossa parceria e, ao mesmo tempo, contribuindo com a indústria para a descarbonização do setor”, reforçou.

O BNDES, maior financiador de longo prazo do Brasil, está colocando em execução missões de política industrial, como o fundo de capital para o setor mineral. “O Brasil retoma sua política industrial buscando uma indústria mais verde, mais inovadora, mais digital. Temos potencial geológico e energético. A América Latina deve ocupar um lugar central nessa transição energética”, disse Flávio Mota, do BNDES.

Fernanda Morais acompanhou os painéis e enfatizou que o debate sobre eficiência energética mostra a força dos países sul americanos. “Quando o assunto é mineração, extrapolar as barreiras do Brasil mostra que existe muito potencial de convergência na América do Sul. Trazer essas discussões para a Amazônia é fundamental, ainda precisamos avançar bastante para sair desse patamar”, destacou.

Sobre a EXPOSIBRAM – Composta de multiatividades em um único período e local, a Exposibram é realizada anualmente e conta com a participação das principais entidades relacionadas ao setor mineral. A feira internacional é a maior vitrine para geração de negócios. Já o congresso debate cenários e revela as tendências do segmento.

Patrocínios:

Figuram como patrocinadores da EXPOSIBRAM 2023 até o momento: Armac (Diamante), Vale (Diamante), Casa dos Ventos (Platina), Hydro (Platina), Anglo American (Ouro), BHP (Ouro), Hexagon (Ouro), Kinross (Ouro), Nexa (Ouro), Alcoa (Prata), Bemisa (Prata) Geosol (Prata), Mineração Usiminas (Prata), Appian Capital Brazil (Bronze), Brazauro Recursos Minerais (Bronze), CBMM-Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (Bronze), Centaurus Metals (Bronze), Geocontrole (Bronze), Gerdau (Bronze), Largo (Bronze), Mosaic Fertilizantes (Bronze), WSP (Bronze) e Yara Brasil (Bronze).

Apoios:

Apoiam institucionalmente o evento a Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas em Geral, Usinagem e Artefatos de Ferro e Metais (ABFA), Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira de Engenheiros de Mineração (ABREMII),  Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas),  Associação das Mineradoras de Ferro do Brasil (AMF), Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (ANEPAC), Associação Paulista de Engenheiros de Minas (APEMI), Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBMG), Comissão de Direito Minerário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB MG), Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA) e Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo (SINDIPEDRAS).

A EXPOSIBRAM 2023 conta, ainda, com o apoio editorial das Revistas Amazônia, Areia e Brita, Brasil Mineral, Cidades Mineradoras,  Eae Máquinas, Minérios & Minerales, Mineração e Sustentabilidade,  In The Mine, PIM Amazônia e dos sites Climatempo, Conexão Mineral, Notícias de Mineração do Brasil e Notícia Sustentável.